Fonte: www.significados.com.br/shiva/

O Hinduísmo, religião de origem indiana, acredita na existência de um pouco mais de 33 milhões de deusas e deuses, conhecidos como Deva e Devi.

Em sânscrito, Shiva significa 'O Auspicioso', aquele que dá esperança. Também é conhecido como 'Benigno' (Shambu), 'Beneficente' (Shankara) e 'Grande Deus' (Mahadeva). É um dos principais deuses do hinduísmo, que juntamente Brahma (o Criador), Vishnu (o Conservador), Shiva é considerado 'o Destruidor e Construtor'. Os três formam uma trimúrti, a trindade divina hindu. Shiva desintegra o velho para edificar o novo, representa a morte e dissolução. Enquanto Brahma cria e Vishnu preserva a vida, o papel de Shiva é destruir os mundos para que haja espaço para Brahma criar, mantendo um movimento circular constante.

Shiva é representado na figura de um homem, sentado em posição de lótus em cima de uma pele de tigre simbolizando a força e a vitória. O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é o trishula, arma que destrói a ignorância humana. Suas três pontas representam a inércia (tamas), o movimento (rajas) e o equilíbrio (sattva). Possui um jarro de água em sua cabeça, que representa a força desse elemento natural que foi concedido aos homens, e que segundo os hindus simboliza o rio Ganges, na Índia. A serpente simboliza o kundalini, energia vital. Quando o kundalini é despertado ativa centros de energia ou chakras. Na testa, seu terceiro olho simboliza sabedoria. Ainda há uma lua crescente acima da cabeça de Shiva, indicando que a natureza está em constante renovação.

Sua pele está azul por causa das substâncias tóxicas liberadas nas águas durante o movimento mitológico do oceano causado pelos deuses, e Shiva bebeu o veneno para proteger o planeta. Muitas vezes é representado com quatro braços, o que lhe confere um aspecto desportivo, porque, segundo os hindus, cria a realidade através da dança. A forma representativa original foi a Idade Neolítica (por volta de 4000 aC), que apareceu na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. Acredita-se que este homem divino foi visitado na Terra como um sábio yogi, em forma humana. Hoje, além de mestres e professores praticantes, os yogues também se referem a uma dos caminhos de evolução mental, que significa destruir algo e construir algo novo no mesmo lugar.

A metáfora da dança é usada em várias culturas para descrever o ciclo natural da vida e do Universo. De acordo com o hinduísmo, tudo faz parte do grande ritmo de criação e destruição, morte e renascimento. A dança de Shiva simboliza o ciclo eterno de vida e morte.

Além disso, a dança da criação e da destruição também se baseia na existência da matéria, pois todas as partículas de matéria “se auto-interagem” por meio da emissão e absorção de partículas. O mundo subatômico é um mundo de ritmo, movimento e mudança constante. No entanto, nada realmente perece no Universo, só há mudança de plano e padrão vibracional. A energia não pode viver nem morrer, só pode ser transformada.

A ideia dessa mudança cíclica interminável, que traz consigo a 'morte' seguida do 'renascimento', sempre esteve presente em todas as culturas tradicionais. Através da sabedoria dos antigos, tudo é cíclico, tudo é fluxo e refluxo, nada está parado, mas tudo é movimento. .De acordo com as ideias de Heráclito, filósofo do século VI, “O mundo é um eterno devir”, onde 'devir' significa a mudança que acontece em todas as coisas, é sempre uma alternância entre contrários; nessa harmonia, os opostos coincidem da mesma forma que o princípio e o fim - em um círculo. A realidade se manifesta na mudança.Vemos os mesmos conceitos no Judaísmo, no Islamismo, no Taoísmo e no Budismo. Este último ainda ensina que o sofrimento deriva de nossa tentativa de reter as coisas materiais e que devemos nos adaptar às mudanças à medida que elas vão ocorrendo, para não sofrermos. O desapego é a chave. Sidharta Gautama, o Buda, afirmou que todas as coisas materiais são impermanentes e que o mundo material é SAMSARA, sendo que SAMSARA é o movimento incessante.

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