Os nativos possuíam um profundo conhecimento das "energias emanadas da sagrada terra". Além do aterramento, eles compreendiam que as orações, meditações e as propriedades curativas das plantas medicinais os curavam de todos os males físicos e espirituais. Essas eram dádivas da mãe-natureza.
Em 1891, Louis Kuhne publicou "A Nova Ciência da Cura" e, em 1896, escreveu "Retorno à Natureza", incentivando as pessoas a caminharem descalças ao ar livre. Esse movimento de "retorno à natureza" surgiu na Alemanha. Na época, embora a teoria carecesse de fundamentos científicos sólidos, acredita-se que andar descalço na natureza trazia diversos benefícios à saúde.
Algumas décadas depois, o médico americano George Starr White começou a estudar os efeitos do sono enquanto conectado ao solo por fios de cobre fixados em tubulações residenciais. White comprovou que os elétrons da Terra poderiam reequilibrar a corrente elétrica do corpo e melhorar sua qualidade.
Considerado o pioneiro da nova era do aterramento, o americano Clint Ober trabalhou por 25 anos na indústria de telecomunicações, no setor de aterramento elétrico, que garante o funcionamento adequado de instalações e equipamentos. Após ser acometido por uma doença grave que quase lhe tirou a vida e ao perceber que ficar descalço lhe fazia bem, Ober convidou pesquisadores da área para comprovar sua tese.
Os resultados dos efeitos do aterramento na saúde física e mental daqueles que estão em contato direto com a Terra foram surpreendentes. Como resultado desse trabalho, Ober escreveu "Earthing: The Most Important Health Discovery Ever".
Na indústria eletrônica e de telecomunicações, o aterramento é crucial para evitar descargas elétricas que podem ter consequências graves.
Em 1836, o cientista alemão Karl August Steiheil fez uma descoberta revolucionária ao perceber que a terra poderia servir como um caminho de retorno na telegrafia, desde que os terminais do cabo fossem enterrados no subsolo. Apesar da desconfiança inicial, Steiheil comprovou empiricamente sua teoria e assim surgiu o conceito de aterramento elétrico.
O aterramento desempenha um papel fundamental na proteção contra cargas elétricas indesejadas e interferências. Ele evita danos em televisores, aparelhos eletrônicos e nos sistemas de controle das torres de telefonia celular.
Graças ao aterramento, é possível alcançar uma transferência perfeita de dados na era atual da indústria de telecomunicações, utilizando a internet, cabos e telefones. Isso permite a complexidade necessária para a transmissão eficiente de informações.
EFEITOS DO ATERRAMENTO NO CÉREBRO HUMANO
O aterramento, cientificamente conhecido como "neuromodulação", é um processo terapêutico que inibe, estimula, modifica e regula as atividades elétricas e químicas nos sistemas nervosos periféricos, centrais e autônomos. Ao estabelecer uma conexão direta entre o organismo humano e a Terra, ocorrem alterações tanto na superfície como no interior do corpo, aumentando seu potencial eletromagnético. Essa é uma síntese do artigo publicado pela National Library of Medicine intitulado "The Neuromodulative role of Earthing".
Em termos simples, o aterramento restaura o estado natural do ambiente elétrico do organismo e do sistema nervoso, o que se reflete na atividade elétrica do cérebro. Esse "aumento sináptico" auxilia na redução da dor, tanto aguda quanto crônica, e dos processos inflamatórios, fortalecendo assim o sistema imunológico.
Os seres humanos são seres elétricos compostos por átomos com carga líquida positiva, negativa ou neutra. Assim como ocorre com equipamentos elétricos, se o corpo humano não estiver aterrado, ocorre um acúmulo de íons positivos que causa desequilíbrios orgânicos, incluindo os processos inflamatórios mencionados anteriormente.
Mas como ocorre a inflamação? Principalmente, ela é causada pelos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco que o corpo libera quando detecta uma célula danificada. Quando ocorre o dano, os neutrófilos são ativados para resolver o problema, encapsulando a célula danificada e liberando moléculas de oxigênio reativas, que possuem uma deficiência de elétrons.
Essa deficiência de elétrons ocorre porque eles são roubados de células saudáveis. Como resultado, o sistema imunológico entra em ação, liberando mais neutrófilos para tratar as células doentes. Isso cria um ciclo vicioso que resulta em uma inflamação silenciosa, que pode se tornar crônica e durar por vários anos sem ser percebida. O aterramento pode prevenir essa ocorrência.
Alguns sintomas que podem ser aliviados pelo aterramento, juntamente com o acompanhamento médico adequado, incluem ansiedade ou depressão, fadiga crônica, alterações cardiovasculares, transtorno de estresse pós-traumático ou memórias traumáticas, além de dores e inflamações.
O aterramento oferece uma série de benefícios, tais como:
- Melhora da qualidade do sono.
- Alívio da fadiga crônica.
- Normalização do ritmo circadiano do cortisol.
- Redução da dor crônica.
- Diminuição do estresse.
- Aumento da imunidade.
- Equilíbrio dos batimentos cardíacos.
- Aceleração da cicatrização de feridas.
- Redução da viscosidade do sangue.
A Terra conecta todas as células através de uma matriz viva que é mantida e unida pela condutividade elétrica. Isso funciona de maneira semelhante aos antioxidantes, que atuam como um sistema de defesa para restaurar a imunidade natural do corpo.
É claro que sempre haverá aqueles que criticam o aterramento como uma forma eficaz de cura, alegando que é apenas um efeito placebo. Mas e daí? Será que esse efeito não é simplesmente uma maneira de encobrir a realidade incontestável do poder da natureza em harmonia com a mente?
Não há como negar. Indivíduos conscientes estão em um nível de conhecimento mais elevado, reconhecendo que a natureza é o melhor remédio. A tendência atual é clara e evidente: a sustentabilidade planetária ocorrerá naturalmente, quer os menos interessados queiram ou não.