Esoterismo vs. Exoterismo

Exoterismo vem do grego, que significa “de fora, exterior”. Relacionamos com o externo ou as aparências das coisas, tudo o que se é percebida através dos nossos 5 sentidos e, portanto, de como as coisas se manifestam no mundo da matéria e que são passíveis de observação, de estudo, de conhecimento e até de pesquisa científica. Em outras palavras, tudo aquilo que pode ser tocado, observado, medido, experimentado, conhecido, e que pertença ao mundo da matéria, é exotérico.

Nesse sentido, podemos dizer que exoterismo se refere ao conjunto de conhecimento (científico ou não) que vai desde o microscosmos até o macrocosmos.

esoterismo vem do grego, que significa “dentro de, interno ou escondido”, é o conjunto de conhecimento que não pode ser adquirido através dos nossos 5 sentidos.

O esoterismo é tudo aquilo que constitui a essência das coisas e de todos os seres; é a natureza interior, a razão de ser e de existir. Esta além da matéria, do mundo físico, ou melhor, assunto que diz respeito a Metafísica (meta= “além”, ou seja, “além da física” – aquilo que transcende, que corresponde a essência Divina que reside no interior de toda criação. E se é essência, não pode ser mudado, aquilo que se é permanente e não visível).

No geral, as pessoas têm o conhecimento voltado somente para o lado exotérico, aquele que sofre mudanças e é perceptível aos olhos físicos, porém não se dá tanta importância ao lado esotérico, que é permanente e imutável.

Hoje, o termo é mais ligado ao misticismo, ou seja, à busca de supostas verdades e leis últimas que regem todo o Universo, porém ligando ao mesmo tempo o natural com o sobrenatural. Muitas doutrinas espiritualistas são também chamadas esotéricas, porque preservam os conhecimentos verdadeiramente importantes dos “vulgos” e “leigos” que, por não terem um sentido de “verdade interior”, certamente farão interpretações erroneas deste conhecimento. Podemos verificar, no entanto, que muitas “sociedades secretas” estão, progressivamente, abrindo seus mais bem guardados segredos ao público em geral.

Os grandes períodos do esoterismo ao longo da nossa história são o século II e III d. C. na Alexandria, correspondendo ao hermetismo neoplatónico e ao gnosticismo. Na mesma época temos o início da cabala judaica, que aparecerá na Península Ibérica no século XII e XIII.

Segundo Blavatsky, todas as religiões e filosofias concordam em sua essência, diferindo apenas na “vestimenta”, pois todas foram inspiradas na “Religião-Verdade”.

O segredo se prende ao simbolismo de qualquer questão escrita ou falada. Os símbolos estão presentes em todo conhecimento esotérico sendo permitido para sua compreensão. Assim como a Terra com seus quatro elementos: água, terra, fogo e ar simboliza a matéria; o equilíbrio do espírito no corpo físico astral e mental.

Reunir o Espírito com a Matéria o que está no alto como o que está embaixo com autorização dos Mestres ao companheiro recebe através das vibrações, cores, formas e também dos sons. O nosso corpo físico é uma duplicata do corpo etérico e através dos olhos são as portas de entrada das Forças Regeneradoras de Vitalidade e Magnetismo oriundo do sol como Prâna, Kundaline e Fohat.

A sintonia com os Mestres será nosso guia no aprendizado. Devemos acreditar em nossas inspirações através da meditação.

As três etapas do esoterismo: O Mistério, aquilo que se recebe em silêncio, depois do que não se pode falar, e do que é difícil falar.

Aquilo que se recebe em silêncio é esotérico. Seria a voz interior, a intuição, a inspiração a manifestação do Divino . O silêncio tem poder curativo, pois nos possibilita avaliar interiormente nossas ações e o rumo que nossos pensamentos nos levam, a saber, do que necessitamos para sermos felizes. É mergulhar fundo em nossa interioridade e descobrir ali a verdade que se esconde por trás das vozes exteriores que predominam em nossa mente. É somente no silêncio que poderemos ouvir as respostas pelas quais tanto ansiamos.

Jesus expunha exotericamente as suas parábolas. Depois, a sós com os seus discípulos dava explicações esotéricas mais detalhadas. Mesmo entre eles não dizia tudo, porque os discípulos não estavam preparados para os ensinamentos mais profundos. Assim sendo as parábolas de Jesus nos inspiram o sentimento de amor e nos dão a oportunidade de fazer-nos melhor como pessoa o exemplo do melhor caminho a seguir O CAMINHO da voz interior. “Conhece-te a ti mesmo”. Dessa maneira, percebemos a relação da voz interior com a jornada inacabável de procurar se conhecer.

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