Medo é uma característica inata do ser humano. Todo ser humano tem medo. Sentir medo é normal, pois está diretamente relacionado ao nosso instinto de sobrevivência. Mas o lado ruim do medo é que muitas vezes ele nos paralisa e impedir de executarmos determinadas atividades, cumprir nossas metas e objetivos.
O medo está presente em muitas situações, que vão desde dizer a verdade perante uma pessoa até enfrentar situações desagradáveis e arriscadas. Geralmente nossos medos vão em três direções: medo de perder, medo do processo e medo do fracasso. Existem diversos tipos de medo, aqueles que são racionais (consciência do risco), irracionais (sensação de insegurança), e as consideradas fobias – quando a mente estabelece o que seria “pensamento automático”.
No nível pessoal e psicológico, o medo pode se tornar uma relevante ferramenta de autoconhecimento e da compreensão de nossos limites. Para a maioria dos psicólogos, ele é um referencial do nosso ponto de partida para movimentos em escala evolutiva de nossa personalidade. Por isso, também é importante saber enfrentá-lo.
Qual a origem do medo?
O medo costuma ser uma herança dos nossos pais, de quando éramos crianças, nos ensinando a temer algumas coisas, ou então ser resultado de uma experiência negativa vivida.
Como o organismo reage ao medo?
O medo é uma sensação em consequência da liberação de hormônios como a adrenalina, que causam imediata aceleração dos batimentos cardíacos. É uma resposta do organismo a uma estimulação aversiva, física ou mental, cuja função é preparar o sujeito para uma possível luta ou fuga.
O medo deixa de ser saudável quando ele se torna excessivo. Não se fala em tratamento para o medo, a não ser nos casos em que ele se torna irracional, como na fobia.
Existe tratamento para o Medo?
A técnica mais utilizada pelos psicólogos para tratar o medo se chama Dessensibilização Sistemática. Com ela se constrói uma escala de medo, da leve ansiedade até o pavor, e, progressivamente, o paciente vai sendo encorajado a enfrentar o medo. Ao fazer isso o paciente passa, gradativamente, por um processo de reestruturação cognitiva em que ocorre uma reaprendizagem, ou ressignificação, da reação que anteriormente gerava a resposta de alerta no organismo para uma reação mais equilibrada.
Isso pode ser feito por conta própria ou com ajuda, caso a pessoa se sinta muito desconfortável. Muitos já devem ter ouvido o ditado: "Se estiver com medo, vai com medo mesmo" e isso é um dos aprendizado para se levar pra vida toda, uma vez que é através desses medos que temos guardados, consciente ou inconscientemente, que deixamos de fazer muitas coisas para crescermos e nos desenvolvermos como pessoa e/ou profissionalmente.
Outra técnica muito utilizada pelos orientais é você escrever em um papel todos os medos, aflições, tristezas e/ou raivas que você possui guardado dentro de si. Fatos que muitas vezes não contamos a ninguém e muito por muitas vezes transformado em doenças posteriormente. Escrevendo no papel, além de trazer para o consciente você elimina de si passando as aflições para o papel. Feito isso, queime-o imaginando a eliminação desses sentimentos ali escritos.
Há muitas outras técnicas e terapias que vão desde a consulta com um psicólogo ou realizando tratamentos com PNL, ressignificação, hipnose,
Dicas
- Faça uma Autoanálise: A reflexão sobre nossos sentimentos que nos causam o medo é a primeira atitude que devemos ter. É necessário ter uma análise profunda e meditativa sobre os aspectos mais íntimos de nossa consciência. Também é importante realizar uma observação atenta de nossos obstáculos mentais e emocionais.
- Escolha consciente: No momento em que o medo se aproxima, tente criar alternativas e escolhas para a situação. Observe como a sensação de medo traz consigo memórias do passado e tente desatá-las mentalmente.
- Silencie a mente: A prática meditativa é uma forma conhecida de autoconhecimento. O medo faz com que a pessoa entre num estado de ruído mental e confusão psicológica. Nesta condição os pensamentos são condicionados diretamente para o fortalecimento da sensação de ansiedade e pavor. E isso gera um diálogo interno intenso, obstruindo a clareza e a objetividade do indivíduo. Inclusive esse é um dos principais motivos por que as pessoas podem se bloquear e demorar a agir em situações de pânico ao enfrentar o medo. Aprenda a silenciar a mente de forma consciente e cotidiana.
- Tenha autocontrole: Medos e fobias também tem relação direta com a ansiedade. Ela é o que dificulta o controle sobre a razão e as emoções, abrindo espaço para um emaranhado de sentimentos e pensamentos caóticos negativos.
- Compartilhe seu medo: Externalizar emoções ajuda a aliviar grandes cargas emocionais. Procure familiares e amigos próximos, com quem possa falar abertamente de como enfrentar o medo. Grupos de apoio podem ser outra excelente maneira de compartilhar, já que além de aliviar a tensão, é possível aprender com a experiência de pessoas que passaram pela mesma situação. É trocar experiências construtivas sobre suas fobias e tensões. Isso facilitará, de certa forma, um desbloqueio emocional e os ruídos mentais.
- Procure um especialista: Não hesite em procurar um profissional, seja o seu medo crônico ou simples. Isso por que seu medo geralmente é associado a algo mais profundo, e um profissional poderá ajudá-lo a explorar isso.
Não deixe seu medo crescer
Medo não é oposto de coragem. Mesmo quem tem coragem tem medo. Diz Napoleon Hill “ medos são apenas estados mentais”. O medo é como uma planta, quanto mais você cultiva mas ela cresce. O medo cresce à medida que você não o enfrenta, que você procrastina o enfrentamento. Quanto você deixa o medo lá e se recusa a enfrentá-lo, mais ele cresce.