A palavra "Maya" é chamada de "ilusão", então o véu de maya é um véu que cobre a realidade. A medida que tomamos consciência, vemos a coisa como realmente são.
Este conceito foi criado pelo filósofo indiano Adi Shankara no século IX e absorvido pelas religiões e filosofias orientais. A partir daí, foi introduzido no Ocidente no século XIX e tornou-se parte da linguagem atual entre os devotos às religiões orientais e círculos esotéricos. Sob essas idéias, Maya se tornou o principal obstáculo para escapar da tentação do mundo sensorial, superar os erros causados pelo dualismo e alcançar a verdadeira iluminação.
De acordo com a filosofia oriental, é o véu de Maya, o véu da ignorância que nos mantém em Dukkha: sofrimento, insatisfação.
Por meio de sua meditação, o Buda ensinou algumas nobres verdades para eliminar Dukkha: "Sabedoria correta: Desenvolver completa consciência de todas as ações do corpo, fala e mente para evitar atos insanos, através da contemplação da natureza verdadeira de todas as coisas."
O ato de nos autoconhecer é prestar atenção às nossas ações, fatos e pensamentos; assim, com o Autoconhecimento podemos exercer o Autocontrole. No próprio budismo, o véu maia está relacionado ao esquecimento de reencarnações passadas quando nascemos.
De acordo com os Vedas, Maya é o nome da deusa indiana que representa o mundo fictício e ilusório, onde esta lançou um véu sob o deus Brahma, considerado pelos hindus, a representação da força criadora ativa no universo.
Os hindus estabeleceram a noção de que nosso mundo não é exatamente o que vemos e que somos levados a acreditar. Segundo eles, o mundo real seria algo escondido aos olhos das pessoas comuns, e dando acesso somente aqueles que conseguirem ultrapassar o "véu de maya".
Arthur Schopenhauer foi um dos primeiros pensadores da filosofia ocidental a compartilhar e afirmar dogmas significativos da filosofia indiana, como ascetismo , negação de si mesmo e a noção do mundo como aparência.
Desenvolveu uma teoria com base nesses pensamentos de que algo impede a compreensão dessa realidade e tudo o que nos rodeia, só podem ser ilusões e aparências.
De acordo com Samādhi, no hinduísmo, jainismo, budismo, sikhismo e escolas de ioga, somos a causa e, através do samadhi, a solução para todo o nosso sofrimento.
A palavra Samadhi é a representação de um estado místico humano que é a raiz de toda espiritualidade e auto questionamento. Muitas vezes, é o estado que muitos buscam como o objetivo final da meditação.
Muitas pessoas não se veem como seres espirituais, não dedicam um tempo para explorar seu mundo interior, ou se importam em entender a verdadeira razão de sua existência. Em vez disto, eles estão envolvidos somente em suas vidas diárias e distraídos com o mundo exterior. Como resultado, coloca-se todos os tipos de limitações em si mesmos e ficam envolvidos na construção e manutenção do ego, inconscientemente conectados pela história da humanidade e pelo condicionamento cultural.
Nós definimos nossa existência, nosso “ser”, por nossas ações e pensamentos. No entanto, na maioria das vezes, os desejos e medos mundanos controlam estas ações e pensamentos. Por causa da ilusão do eu, ou nos véus de Maya, muitos vivem no sofrimento. Muitos caem na depressão ou acham que seus desejos nunca estão saciados. Consequentemente, as pessoas buscam respostas em coisas externas, seja através da religião ou de outras práticas espirituais.
As ideias que nos são apresentadas por influências externas ou pela mente humana, não podem resolver o sofrimento sozinhas. Elas não são a nossa vontade maior, a vontade verdadeira do nosso EU superior. Em vez disto, elas são a vontade das construções condicionadas do ego.
excelente, adorei a reflexão, estou conhecendo um pouco sobre budismo e espiritismo, e pude perceber as conexões entre eles, além disso, percebo que na sociedade que vivemos hoje no século 21, o véu de maya continua sendo reforçado pelo consumismo, individualismo, rivalidade e a meritocracia... sociedade com valores materialistas e egocentricos